Parte II: Série Arquitetura do Café — Andrade, Junqueira & Cia
Nessa primeira postagem começaremos pela firma Andrade, Junqueira & Cia, ligada a tradicional família paulistana Andrade Junqueira. Eram comissários ligados à região de Ribeirão Preto e Franca, interior de São Paulo; também atuavam como exportadores, atuando como representantes de compradores no exterior.
Tinham escritório/armazém na rua de Santo Antônio (atual do Comércio), e outros dois na rua Visconde Rio Branco, 75 e XV de Novembro, 8-A; mais tarde, em 1927 abriram mais uma filial na cidade de São Paulo, na rua Libero Badaró, 133.
As primeiras referências aparecem em 1918 e a firma tem um crescimento de atividades ao longo da década de 1920; entretanto, não resistem à crise no fim daquela década e entram em liquidação na década de 1930.
O edifício da rua do Comércio segue a configuração de outros exemplares presentes na mesma região — Bairro do Valongo. Em estilo neoclássico, apresenta características como platibanda simples escondendo o telhado, aberturas finalizadas com bandeira em arco, e adornos triangulares.
A construção se encontra nos limites do terreno, herança do estilo de urbanização portuguesa adotado no período colonial. Assobradado com o térreo quase sem divisões internas, pé-direito duplo onde em construções empresariais, como é o caso, a parte comercial e de armazenagem funcionavam. A parte superior era acessada por longas escadas laterais, onde ficava a parte administrativa da comissária, provavelmente feita com divisões de ambientes.