Parte III: Série Epidemias em Santos — “Porto Maldito”

Museu do Café
1 min readApr 9, 2020

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A febre amarela começou a preocupar as autoridades e médicos lá pra 1850, quando o Rio de Janeiro registrou o primeiro surto da doença. Com isso bastou apenas de um par paquetes com marujos ou viajantes infectados pela doença para que ela aportasse no porto de Santos.

Desde então, foram raros os anos que a febre amarela ou a varíola não desse as caras. O padrão era sempre o mesmo: um navio aportava com doentes e a doença se espalhava pela cidade. A epidemia de 1876, por exemplo, foi iniciada pelo brigue sueco Ida que perdeu todos seus tripulantes para a doença.

O “torna-viagem” era muito comum nos portos para evitar novas infecções. Quando se constatasse o aparecimento de uma epidemia de determinada origem ou quando houvesse grande quantidade de mortos/doentes a bordo, era possível que se recusasse sua entrada no porto de destino.

Entre as décadas de 1880 e 1890 Santos foi constantemente recusado enquanto porto de destino por causa de suas constantes epidemias. “Cità Maledetta”, chamavam os italianos; “white man’s grave” os ingleses, pela grande mortalidade de imigrantes europeus; era o “porto maldito”.

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